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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PsicopedagogiaBrincagente

Parte Monografia na Psicopedagogia


BRINCA COM A GENTE...
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA NO RESGATE
AO LÚDICO DAS CRIANÇAS DE 2 E 3 ANOS


Relatório Monográfico apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista em Psicopedagogia, sob a supervisão da professora Verônica Castilho de A. Araújo.
Área de Concentração: Institucional

‘O brincar pede brinquedo e alguém para brincar’.
Mas como, se nesse lugar falta uma pessoa que possa realizar esta tarefa?
‘O brincar pede memórias do vivido para se expressar.’
Mas como, se os próprios pais foram capazes de abandonar essa criança sem endereço e sem história?
‘O brincar pede pais que se importem com seus filhos.’
Mas como, se lá existem 11 pessoas para suprir a necessidade de 102 crianças?
‘O brincar pede alegria, disposição e presença.’
Mas como se todos já trabalham mais que uma jornada de 8 horas diárias?
‘O brincar pede pessoas treinadas para desempenhar este papel.’
Mas como? Se a remuneração não pode passar de um salário mínimo!
O brincar pede amor!
Esse tem sido oferecido 24 horas por dia!
Será suficiente?
É preciso acordar, eu, você podemos fazer algo por este quadro!



“A proposta de saúde frente à nossa inteligência aprisionada, a de cada um de nós como ensinantes e aprendentes passa por:
- O autorizar-se a pensar.
- O permitir perguntar.
- O deixar espaço a imaginação e ao prazer de aprender e, em conseqüência, e só em conseqüência, ao prazer de ensinar.” (Fernández*)

* Apud Verônica Castilho de A. Araújo, n. 29.


I- INTRODUÇÃO

Este relatório monográfico destina-se a conclusão do Curso de Psicopedagogia, oferecido pela Coordenação de Pós-graduação da Associação Educativa Evangélica, A.E.E., referente à turma A de 1997. Preocupada com a falta do lúdico no Abrigo, pretendo neste levantar a questão do lúdico numa abordagem psicopedagógica mas também pedagógica, pois para se resgatar no Abrigo a importância do brincar, é necessário também mudanças de caráter pedagógico.
É preciso se repensar o papel do brincar e colocar como meta a ser atingida alguém que possa desempenhar o papel de recreador (a) no Abrigo ou realizar um trabalho de despertar na equipe o espírito lúdico, que talvez esteja adormecido pelo cansaço de uma jornada superior a oito horas diárias.
“O brincar possibilita o desenvolvimento das significações de aprender” (Fernández, 1991, p. 168): Partindo do princípio que toda criança necessita brincar para aprender, me senti mobilizada a levantar questões sobre o assunto. É conhecido de todos que, a criança que brinca será um adulto mais feliz e não me limito a dizer somente adulto feliz, mas; realizado, profissional competente, criativo, capaz de estabelecer vínculos saudáveis com as pessoas que o cerca.
Somos conhecedores destas questões. Então o que estará acontecendo? Pois a cada dia que se passa vemos crianças que brincam menos e outras que nem brincam mais. É possível que esteja acontecendo, a falta da mediação (Adulto X Criança). É necessário recuperar esta mediação, pois ela trará benefícios no aprender pelo decorrer de toda sua vida.
O trabalho será sobre crianças de 2 e 3 anos do Abrigo, da cidade de Anápolis, o relatório monográfico receberá sustentação teórica da Psicopedagogia, e de teóricos como Piaget, Freud, Vygotsky e outros.
Hoje em dia com a desenfreada falta de tempo temos percebido que as crianças tem feito de tudo, menos brincar. No Abrigo pode-se observar que falta tempo (por parte dos educadores) para brincarem com as crianças ou mesmo um (a) recreador (a) que assuma somente esta função, pois os funcionários tem escalas com uma certa rotatividade de serviços e já que o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) não permite que uma adolescente possa ser treinada para desenvolver tal tarefa. O brincar é o mínimo que se pode oferecer a uma criança. Diante do problema questiono:
Que contribuições a Psicopedagogia pode oferecer no resgate ao lúdico? Será considerado resgate ao lúdico, o despertar do ensinante para o gosto de brincar com a criança no Abrigo. Os ensinantes recreadores devem ter desejo pelo lúdico, deve-se entender a brincadeira como fonte de prazer, é necessário que os recreadores sejam transformadores e facilitem a possibilidade da aquisição de novos esquemas de aprendizagem, por isso os ensinantes recreadores devem ser não apenas recreadores, mas verdadeiros incentivadores do lúdico no Abrigo. “É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança.” (Vygotsky, 1984, p. 109).
Tenho dois objetivos:
• Oferecer ao ensinante do Abrigo, oportunidades de brincar;
• Mostrar que o papel de mediação no brincar com as crianças é de suma importância pois facilitará o desenvolvimento de novos esquemas e novas possibilidades de aprendizagem. O que a criança faz de importante na vida é brincar. “Por meio da brincadeira ela começa a aprender como o mundo funciona, o que pode e o que não pode ser feito”. (Veja especial, 13 de maio 1998, p. 75). É necessário brincar. É muito triste chegar em algum lugar e ver crianças brincando sem a mínima motivação. Diante deste quadro, é de extrema importância resgatar o lúdico. A Psicopedagogia tem contribuições a oferecer ao Abrigo, pois ela é capaz de ver a criança como um todo. A criança conhece o mundo através do lúdico, assim ela poderá se tornar um sujeito aprendente em todas as suas dimensões: afetiva, cognitiva, psicomotora, social e neurológica. É através do imaginário que a criança elabora o real. E principalmente estas crianças que vem de uma situação de abandono e rejeição, elas só podem contar com o apoio da equipe do Abrigo. Por isso a necessidade de se trabalhar o lúdico com os adultos resgatando suas experiências lúdicas, para que eles consigam despertar as crianças no brincar.


II- REFERENCIAL TEÓRICO

1- VISÃO HISTÓRICA SOBRE A NECESSIDADE DA
PSICOPEDAGOGIA


Da mesma maneira, para pensar novas idéias ou dizer coisas novas, temos que desarmar nossas idéias feitas e misturar as peças. (Gregory Bateson)


“A Psicopedagogia nasceu de uma necessidade: contribuir na busca de soluções para a difícil questão ao problema de aprendizagem.” (Bossa 1994, p. 1)
A Psicopedagogia, surge no cenário, a partir da necessidade de se trabalhar a aprendizagem humana, envolvendo o aprendente e o ensinante porque a Psicologia (Psyke) é entendida como “parte da filosofia que estuda as manifestações da alma” (Enciclopédia Britânnica do Brasil, 1976, p. 2930); estava com sua prática voltada para consultório e a Pedagogia entendida como “a arte de instruir e de educar crianças” (Idem, ibidem, p.3244); estava preocupada com conteúdo; e assim o espaço entre Psicologia e Pedagogia foi aumentando por não atentar ao problema de aprendizagem, o fracasso escolar, que no Brasil vinha desde a educação dos Jesuítas, cresceu e tornou-se um mal ‘quase’ incurável.
No contexto histórico a Psicopedagogia nasceu pela necessidade de trabalhar o fracassado, o marginalizado que vem sendo deixado de lado desde a colonização do Brasil. Com a educação tradicional, o marginal é o que está fora do sistema escolar (o índio, o negro, a mulher, os colonos), enquanto o fracassado era aquele que não memorizava, repetia e reproduzia a contento.
Segundo Patto, “os primeiros especialistas de aprendizagem escolar foram os médicos. O final do século XVIII e o século XIX foram de grande desenvolvimento das eficiências médicas e biológicas, especialmente da psiquiatria” (1993, p. 41).
Para se explicar ‘problemas de aprendizagem’, surgem rígidas classificações: ‘anormais’, ‘duros de cabeça’, ‘loucos’, etc. O conceito de anormalidade passa dos hospitais para a escola e os fracassos passam a ser chamados de anormalidades orgânicas.
Com o escolanovismo, o marginal é o não aceito pelo grupo, não adaptado socialmente, desajustado, enquanto o fracassado é o que não consegue se sair bem nos testes de Quociente Intelectual. A Psicologia com Claparede, contemporâneo de Piaget, preocupa-se então com diferenças individuais do rendimento escolar. A valorização dos testes de Q.I. influenciam então educadores na decisão do destino escolar, “de anormal, a criança que apresentava problemas de ajustamento ou de aprendizagem escolar passou a ser designada como criança-problema” (Patto*).
Com o movimento libertador, o marginal é o homem alienado, inconsciente de sua realidade, manipulado, enquanto o fracassado é o alfabetizador e aluno que apenas ensina e aprende tecnicamente. O fracasso escolar da criança carente ou diferente supunha haver um problema de comunicação entre ela e o professor, causado por diferenças culturais.
Com a educação tecnicista o marginal é o que está fora da escola, aquém do esperado, socialmente exército de reserva, enquanto o fracassado é aquele que não atinge objetivos e condições estabelecidas previamente: repetência, reprovação e evasão; causados por inadequação da escola, má qualidade do ensino e má formação dos professores devido ao desconhecimento das crianças com que lidam.
Com este quadro de urgência onde nem a Psicologia ou mesmo a Pedagogia são capazes de uma solução em conjunto.

* Apud Neide Noffs, Psicopedagogia Institucional: A trajetória de seus atores – autores, p. 4.

“na década de 80 surge a Psicopedagogia no Brasil apresentando duas alternativas: estudar o processo de ensino-aprendizagem visando criar instrumentos de avaliação para detectar problemas, ou buscar em outras áreas a explicação e solução do problema... propondo preparar o professor para que ensine de tal modo que o aluno aprenda”
(Noffs, 1995, p. 5).

No contexto atual ainda temos marginalizados e fracassados. A Psicopedagogia pode auxiliar, em trabalho paralelo com a instituição (equipe profissional e alunos), com os pais e outros, ajudando na prevenção para que haja uma diminuição dos problemas de aprendizagem.
Podemos concluir então que o psicopedagogo é um profissional que tem por objetivo, promover a aprendizagem. É um estudioso teórico que lança mão dos recursos disponíveis para desenvolver trabalho clínico e/ou institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo e/ou terapêutico. “O trabalho clínico se dá na relação entre sujeito com sua história pessoal e sua modalidade de aprendizagem, buscando compreender a mensagem de outro sujeito, implícita no não aprender.” (Bossa, 1994, p. 11). O trabalho clínico pode ser desenvolvido em consultório individual, grupal ou familiar, em instituições educativas e sanitárias. “No trabalho preventivo, a instituição, enquanto espaço físico e psíquico da aprendizagem, é objeto de estudo da Psicopedagogia, uma vez que são avaliados os processos didático-metodológicos e a dinâmica institucional que interferem no processo de aprendizagem” (Bossa, 1994, p. 11).
O trabalho psicopedagógico além de preventivo e clínico é também teórico.
No trabalho clínico o psicopedagogo deve reconhecer a sua própria subjetividade na relação, pois trata-se de um sujeito estudando outros sujeitos, cabe saber como se constitui o sujeito, como este se transforma e quais os recursos de conhecimento que ele dispõe e a forma pela qual produz conhecimento e aprende.
Esse saber exige que se recorram a teorias que lhe permitam reconhecer como se dá a aprendizagem; as influências afetivas e as representações inconscientes que o acompanham, o que pode comprometer ou favorecer.
No trabalho preventivo podemos falar em três níveis:
1º. Atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a ‘freqüência dos problemas de aprendizagem’. Incide nas questões didático-metodológicas, bem como na formação e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais.
2º. O objetivo é diminuir e tratar os problemas já instalados. Cria-se então um plano diagnóstico da realidade institucional e elaboram-se planos de intervenção baseados nesse diagnóstico, a partir do qual procura-se avaliar os currículos com os professores, para que não se repitam tais transtornos.
3º. O objetivo é eliminar os transtornos já instalados, num procedimento clínico com todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma vez que, ao eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros.
Já o trabalho teórico deve ser permeado pela prática de forma que, a partir desta, a teoria psicopedagógica possa ser tecida.
A Psicopedagogia é de caráter interdisciplinar, pois ela se apropria e lança mão de outras ciências e conhecimentos específicos de diversas teorias, tais como:
• A Psicanálise que encarrega-se do mundo inconsciente, das representações profundas, operantes através da dinâmica psíquica que se expressa por sintomas e símbolos, permitindo-nos levar em conta a face desejante do homem;
• A Psicologia Social que encarrega-se da constituição dos sujeitos, que responde às relações familiares, grupais e institucionais, em condições sócio-culturais e econômicas específicas e que contextuam toda aprendizagem;
• A Epistemologia e a Psicologia Genética que se encarregam de analisar e descrever o processo construtivo do conhecimento pelo sujeito em interação com os outros e com os objetos;
• A Lingüística que traz a compreensão da linguagem como um dos meios que caracterizam o tipicamente humano e cultural: a língua enquanto código disponível a todos os membros de uma sociedade e a fala como fenômeno subjetivo, evolutivo e historiado de acesso à estrutura simbólica;
• A Neurologia que nos dá condições para identificar problemas neurológicos para efeito de encaminhamento;
• A Pedagogia tem como tarefa básica à transmissão e construção do conhecimento.
A formação do psicopedagogo deve ser do ponto de vista, filosófico, sociológico, psicológico, habilidades básicas psicomotoras e conhecimentos fundamentais. A partir de pressupostos teóricos iniciais da Medicina, Psicologia e Pedagogia, foram-se constituindo concepções acerca dos problemas de aprendizagem, as quais transformaram-se e, conseqüentemente, transformaram a prática psicopedagógica, até esta chegar a configuração atual. O conhecimento psicopedagógico não se cristaliza numa delimitação fixa, nem nos déficits e alterações subjetivas do aprender, mas avalia a possibilidade do sujeito, a disponibilidade afetiva de saber e de fazer, reconhecendo que o saber é próprio do sujeito. Se dá com a sua própria transformação no fazer.
Para se realizar uma atuação psicopedagógica clínico-terapêutica, é necessário se fazer o diagnóstico, que poderá ser realizado por meio de entrevista, fazendo um levantamento de hipóteses; são aplicadas provas psicomotoras, pedagógicas e cognitivas, é realizada a hora do jogo, a visita a escola e outros quando necessário. Após se levantar todas as hipóteses é então hora de passar a Intervenção, que é uma interferência realizada no processo do desenvolvimento do indivíduo. O procedimento introduz novos elementos para o sujeito pensar e poderá levá-lo até a quebra de um conhecimento anterior.
Compete a Psicopedagogia institucional desvelar o que está oculto na instituição, conceituá-lo e articulá-lo com outros conhecimentos, possibilitando sair da indiscriminação inicial e crescer. Se apresenta como a transformação da própria Pedagogia, devendo estudar as modalidades de ensino-aprendizagem desencadeadas e ou possibilitadas pela instituição escola, visando à prevenção e enfrentamento de conflitos.
As práticas são extremamente complexas e não neutras, pois são transversalizadas pelas demandas sociais, política, econômicas, humanas, questões relativas ao saber e aos saberes, aos vínculos com a instituição, trajetória profissional, história de vida e um grande número de variáveis.
A Psicopedagogia tem como objeto de estudo as modalidades de aprendizagens desencadeadas e/ou possibilitadas pela instituição, visando prevenir e enfrentar conflitos.
Para Fernández “modalidade de aprendizagem é uma maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento e para conformar seu saber” (1990, p. 157).
Cabe ao psicopedagogo facilitar e manter a mediação exercida pelos funcionários no estabelecimento de vínculos entre a criança e adolescente da instituição com o conhecimento.
Para identificar o papel do funcionário na instituição, pode-se perguntar:
- sua formação formal e informal;
- experiência no desempenho da função;
- sintonia com o projeto da instituição: participação, envolvimento e interesse;
- características e modalidades de sua prática.
• Como vê:
• A clientela da instituição;
• Os demais colegas;
• Equipe técnica;
• Os pais;
• Sua própria atividade.
O que seria mediação entre funcionários e crianças e adolescentes? Mediação vem do latim mediationem que significa intersecção, arbitragem ação conciliadora entre partes litigantes, mediatizar é formada por mediatus, que quer dizer intermediado.
A própria definição pressupõe uma ação de intervenção, de ser ou estar presente, assistir, participar voluntariamente.
Para Fernández, “só ensina quem aprende, o que desloca a preocupação do ensinar para a do aprender. Cada pessoa tem uma maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento, configurando-se a modalidade de aprendizagem, que é construída desde o nascimento e que traz a angústia inerente ao conhecer-desconhecer” (1990, p. 107).
A Psicopedagogia interessa investigar como o sujeito agiu para aprender o que aprendeu, incluindo as situações escondidas, os segredos, seu não-aprendizado, e os diferentes movimentos na circulação do conhecimento. Ensinar é uma das melhores formas de aprender.
Na área institucional pode-se deparar com elementos envolvendo a modalidade de aprendizagem:
a) A Imagem de si mesmo como aprendente;
b) O vínculo;
c) As histórias das aprendizagens;
d) A maneira de jogar e brincar.
“Não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar” (Fernández, 1990, p. 52).
Os vínculos de confiança e credibilidade são elementos essenciais do ensino e do aprender, para que surja o sujeito, o cidadão, que só pode exercer seu papel em plenitude porque aprendeu. Podem ocorrer momentos de caos, de desencontros mas é preciso voltar à harmonia, à realidade, escutar para que continue a circulação da informação ao saber.
A brincadeira é um recurso essencial na trajetória da informação para o saber, e na prática psicopedagógica para se estabelecer vínculos.

VII- CONCLUSÃO


“... Não se passa do mundo concreto para a representação mental senão por intermédio da ação corporal.
A criança transforma em símbolos aquilo que pode experienciar corporalmente: o que ela vê, cheira, pega, chuta, aquilo de que corre e assim por diante”.
Freire (1991, p. 81)


A escolha do tema “Brinca com a gente... Contribuições da Psicopedagogia no resgate ao lúdico das crianças de 2 e 3 anos, no Abrigo, se deu pela necessidade de se trabalhar o lúdico na instituição, resgatando a importância do brincar, e o papel de mediação do ensinante.
Para a conclusão do diagnóstico desta instituição foram necessários muitos questionamentos, reflexões, dúvidas e desafios. Pois a realidade do abandono é sofrida. Foi um momento de ressignificar o meu papel como profissional e de perceber a grande contribuição que a psicopedagogia deve realizar diante das demandas, principalmente do Abrigo.
Espero que minha contribuição, seja o início do grande caminho que tenho a trilhar.

VIII- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Verônica Castilho de A. ssssssssssssssssssssss Goiânia: Universidade Católica de Goiás – UCG, 199_, p. _. ( Relatório Monográfico em Psicopedagogia)


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WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Trad. José O. de Aguiar
Abreu e Vanede Nobre. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

Um comentário:

E e J disse...

O brincar pede brinquedo e alguém para brincar’.
Mas como, se nesse lugar falta uma pessoa que possa realizar esta tarefa?
‘O brincar pede memórias do vivido para se expressar.’
Mas como, se os próprios pais foram capazes de abandonar essa criança sem endereço e sem história?
Você concorda que é necessário brincar?
Precisamos de teoria e prática?
Ou é só levar no oba oba???